Projeto Fogão do Mar dissemina conceitos de ecoeficiência em comunidades do Recôncavo Baiano

Identificar, disseminar e adotar meios de vida sustentáveis está no centro dos debates de governos, instituições, empresas e nas mais diversas áreas da sociedade. O relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, divulgado em fevereiro deste ano, traz o alerta sobre a urgência de transformações na relação da sociedade com o meio ambiente. Nesse cenário o conceito de ecoeficiência tem ganhado cada vez mais espaço. 

Segundo a definição do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, o termo ecoeficiência refere-se a produção de bens e serviços com menor consumo de recursos naturais e menor geração de poluentes. O termo está sendo adotado também para iniciativas sociais que promovam meios de vida ambientalmente sustentáveis. 

É com esse objetivo que o projeto Fogão do Mar, realizado pelo Instituto Perene, com o patrocínio da Petrobras, está disseminando os conceitos de ecoeficiência em comunidades do Recôncavo Baiano. O projeto substitui fogões à lenha rudimentares, que são altamente poluentes, por fogões ecoeficientes, uma tecnologia de transição para os modelos ideais.

O fogão ecoeficiente foi desenvolvido pelo Instituto Perene, seguindo os princípios do modelo “Rocket Stove”, do especialista em tecnologias melhoradas de combustão, o americano Dr. Larry Winiarski (1940-2021). O modelo precisa de menos lenha para produzir as chamas e o tempo de aquecimento pode chegar ao dobro do alcançado no fogão rudimentar.

Com essa dinâmica, o uso dos fogões ecoeficientes reduz a interferência no ecossistema local para a retirada de lenha e diminui a emissão de gases poluentes. Os benefícios ao meio ambiente são alinhados a melhoria da qualidade de vida das famílias, que passam a cozinhar sem o excesso de fumaça prejudicial à saúde e ao bem-estar.